ALE ALEJANDRO

por Císio_ 

É inegável a expectativa gerada com o lançamento de qualquer coisa relacionada à Lady Gaga. Ela é um fenômeno e todos devem admitir isso.

Seu novo vídeo, Alejandro, foi lançado dia 8 desse mês pelo próprio twitter da cantora.

E é sobre ele que vou comentar.

Sejamos francos: essa mania de estender todo vídeo que ela lança já deu né? 8 minutos? Poxa Gaga, é um clip e não um curta!

Após os épicos Bad Romance e Telephone (com Beyoncé), certamente os padrões de qualidade exigidos pelo público apenas crescem a cada vídeo. E Gaga não trouxe um material tão bom quanto os anteriores. O que não tira os elogios que o vídeo merece.

De acordo com a própria, “Alejandro” é uma celebração ao amor gay (?). O clip retrata uma Gaga apaixonada por gays – ela até os amarra nas camas e “manda ver” num deles rs -, mas, obviamente, nenhum está interessado nela. No fim há uma cena - que simula um estupro - bem desconexa. 

Elementos Militares e da Igreja Católica são usados em larga escala (o que apontaria uma crítica à tremenda influência religiosa, não só na sociedade, como na personalidade de cada um).

Mas e daí? Madonna já se deu ao trabalho de fazer o mesmo com vídeos como Like A Prayer, American Life... Até as cenas em P&B do vídeo relembram Vogue.

DAÍ, é que Gaga encontra-se numa fase da carreira que pode fazer o que bem entender. Ela é respeitada pelo que faz e isso independe da maneira como ela faz. 

Comparações à parte, há um excesso evidente de ‘gaguismos’: os figurinos e adereços extravagantes da lady (incluindo um top com metralhadoras), a coreografia (que a cada clip está mais elaborada), o funeral, o coração alfinetado, ela como freira (com uma constrangedora e desnecessária cena em que ela engole um terço *foto acima*), os dancers de ‘high shoes’... E um final macabro: ainda acho que ela foi abduzida por ETs.

A dose humorística dos vídeos anteriores foi trocada por algo mais fúnebre e sinistro, o que dá um novo ar à música e a deixa mais interessante. As cores frias dão um aspecto noturno de tristeza, melancolia e desespero, o que retrata perfeitamente a emoção do vídeo. Klein é fantástico!

A politicagem, crítica à sociedade, religião ou à guerra, não coisas para a Gaga. Gostamos dela quando não faz sentido nenhum. O vídeo agradou? Acho que não. Mas quem falou que a intenção da Gaga é agradar alguém? Ela é irreverente e quer causar controvérsia. E isso, consegue com maestria. (por Císio:)